A vida é um filme e eu uma cinéfila. Daquelas que, apesar de toda a sua aparência de especialista, na verdade está confusa. Tenta desatar nós em volta de um enredo ambiguo.
Nesta longa película já muitas são as horas, já muitas são as personagens, já muitos são os cenários.
Queria eu, que nem realizadora genail, alterar o guião a meu bem belo prazer, surpreender...em profundo desalinho, de que é feita então esta história chamada vida...criar!
Mas tremem-me as mãos, fogem-me as tão fugazes ideias, surpreendem-me os actores, improvisa-se o drama e a comédia.
Esqueci-me de capitulos passados, e outros estão ainda embranhados na minha memória visual e emocional. Não, não esqueci grande parte das personagens principais. Escapam-me agora algumas das personagens secundárias. A fita que roda e roda aqui dentro, no meu cérebro, no meu coração e se projecta na tela em branco que meus olhos captam, tem falhas, arranhões. Mas é longa...interminável. Tantas alegrias e tantas lágrimas que aqui estão documentadas. Testemunho da história, fazem parte do arquivo esse chamado humanidade. Vive mesmo depois da fita acabar, da tela ser recolhida. É essa a magia do cinema...do amor...da memória...das bandas sonoras...da vida!!
Brindemos às constantes ante-estreias e estreias! Brindemos às licções morais cinetográficas! Brindemos à personagem principal deste filme das nossas vidas: NÓS!